quinta-feira, 24 de junho de 2010

GÊNEROS EDUCATIVOS

GÊNEROS EDUCATIVOS – PALAVRAS INICIAIS

Caro(a) aluno(a),
Neste módulo do Curso Mídias Digitais estaremos aprofundando e ampliando conceitos e discussões já estudados no módulo sobre gêneros televisivos. Teremos a oportunidade de, juntos, construirmos uma fundamentação mais apurada sobre gêneros educacionais na televisão, especificamente.Sua atenção será importantíssima, tanto quanto antes. Estaremos conversando sobre tipos de programas de TV aos quais certamente você está acostumado a assistir, e sobre vários deles será interessante saber mais. Novamente, frisamos o quanto é importante estar disposto ao trabalho em conjunto com outros colegas e a boa disposição para compartilhar os avanços na caminhada.
Bom trabalho!

GÊNEROS TELEVISIVOS E EDUCATIVOS
Inicialmente, tem sido considerada controversa a existência de gêneros televisivos, segundo estudos no campo da comunicação. A justificativa é que não se poderia agrupar em categorias semelhantes uma vasta variedade de programas tão distintos entre si, uma vez que os conceitos de gêneros existentes já não dão conta da realidade experimentada hoje em dia. Eis a opinião do autor Arlindo Machado, em seu texto “Pode-se Falar em Gêneros na Televisão?”: “Talvez fosse o caso de recorrer a um conceito mais flexível ou melhor adaptável a um mundo em expansão”.
De qualquer forma, ainda é muito comum se falar em gêneros televisivos. O termo gênero vem do Latim genus e designa família, espécie. Para a autora Elizabeth Bastos Duarte, em seu artigo “Televisão: Entre Gêneros/Formatos e Produtos”, p.2: A noção de gênero/formato deve, em princípio, distinguir diferentes tipos de produtos televisivos. Isto significa que os produtos televisivos, embora tenham elementos comuns que permitem reuni-los sob o mesmo rótulo, distinguem-se entre si, independentemente da função que tais distinções desempenhem.

A respeito das teorias do gênero, Arlindo Machado menciona Mikhail Bakhtin, lingüista russo, influente nas áreas da teoria e crítica literárias, da análise do discurso e da semiótica:
Para o pensador russo, gênero é uma força aglutinadora e estabilizadora dentro de uma determinada linguagem, um certo modo de organizar idéias, meios e recursos expressivos, suficientemente estratificado numa cultura, de 3modo a garantir comunicabilidade dos produtos e a continuidade dessa forma junto às comunidades futuras. Num certo sentido, é o gênero que orienta todo o uso da linguagem no âmbito de um determinado meio, pois é nele que se manifestam as tendências expressivas mais estáveis e mais organizadas da evolução de um meio, acumuladas ao longo de várias gerações de enunciadores.
Assim sendo, certamente você já ouviu falar nas classificações dos programas em entretenimento, informativos, publicitários etc. E também em designações tais como entrevistas, documentários, talk-shows e muitas outras. Nos gêneros educativos, a intenção dos programas é educar ou ensinar, seja isto feito de forma bem didática, clara e planejada, ou de forma mais descontraída, recreativa. Tenha-se em mente que os diversos gêneros co-existem e se relacionam. Daí que, por exemplo, o gênero educativo absorve e experimenta diversos formatos de outros gêneros. Desta forma, uma aula audiovisual, por exemplo, pode ter a forma de documentário, ter entrevistas e não só um momento expositivo com um especialista. Aqui, focalizaremos duas formas de programas educativos – os telecursos (teleaulas) e os programas tipo edutainment.

SAIBA MAIS
Ao se criar um programa de TV, os organizadores devem levar em conta diversos fatores. Um destes fatores mais importantes é o público-alvo. Ou seja, este novo programa se destina a que tipo de pessoas? O programa deve ter esta resposta bem definida para que os organizadores e produtores possam divulgar o programa de forma correta, alcançando os expectadores a quem se destina.
Eles fazem um gráfico semelhante para informar visualmente para que tipos de pessoas O programa atende as expectativas. Se o objetivo é um publico mais especifico, por exemplo, para mulheres adolescentes, a parte mais pintada do gráfico ficará na região inferior-esquerda e as outras regiões ficaram menos preenchidas. Um programa que consegue atender as quatro regiões, geralmente tem uma maior audiência.

VÍDEOS INSTITUCIONAIS - INTRODUÇÃO
Netto ressalta o apoio que a tecnologia educacional tem dado à educação a distância, chegando ao ponto de fazer com que ambas se confundam, freqüentemente. Isto se deve à importância do papel que os recursos tecnológicos empregados (gráficos, audiovisuais etc) desenvolvem, ao permitirem o acesso mais ampliado de alunos a materiais que veiculam conteúdos educacionais relevantes. O autor esclarece que tais materiais devem significar mais do que o repasse de informações:
...o que se tem em conta não é apenas o mero acesso a registros documentais, mas a exposição a materiais deliberadamente elaborados para ensinar e aprender, obedientes a princípios psicológicos e pedagógicos de aprendizagem-ensino. Esses materiais são estruturados de acordo com regras precisas de otimização das organizações espacial e temporal das situações-estímulo, assim como regras de otimização das contingências de respostas (manifestas ou implícitas, encobertas) dos aprendizes. (97: p.51-52)
Um destes materiais com objetivos educacionais é o vídeo. Trataremos agora do vídeo instrucional, mais especificamente de teleaulas, ou telecursos.

PREPARAÇÃO E ELABORAÇÃO
O preparo de tais materiais deve ser criterioso, e respeitar tanto a características do meio pelo qual está sendo veiculado, quanto as características dos alunos que deverão entrar em contato com os vídeos e deles se beneficiarem para aprender. Também, eles devem estar alinhados com os objetivos educacionais e com o conceito de aprendizagem seguido pela instituição de educação a distância.
A elaboração de vídeos instrucionais, assim como acontece com relação a outros tipos de materiais, requer a constituição de uma equipe multidisciplinar de especialistas, trabalhando integradamente. Para Netto, tal equipe deve incluir especialistas:
i) nas habilidades e conhecimentos específicos de cada meio a ser utilizado;
ii) em conteúdo;
iii) em conhecimentos pedagógicos e psicológicos em aprendizagem-ensino. (97: p.52)
Wolfram Laaser, em seu artigo Produção e Projeto de Vídeo e TV Instrucionais em Educação a Distância, refere-se ao vídeo instrucional, elaborado cuidadosamente para ser utilizado nos sistemas de educação a distância. O vídeo, neste caso, chega a ser, algumas vezes, o elemento chave para a transmissão do conteúdo a ser ensinado. Outras vezes, ele é coadjuvante, atuando como suplemento do material impresso, por exemplo. Para Laser, há que se aplicar, conscientemente, os princípios da filmagem para ir além das palestras gravadas: O objetivo é levar os eventos educacionais aos alunos que, de outra forma, a eles não teriam acesso. As palestras podem fazer parte destes filmes mas, em geral, não são o elemento-chave. (70: p.1)
Na opinião de Laaser, igualmente ao que foi expresso por Netto, tanto o perito em mídia quanto o perito em educação ou em didática devem compartilhar conhecimentos quando desenvolvem, conjuntamente, audiovisuais cujo objetivo central é ensinar. Laaser, que é um dos dirigentes da FernUniversität (universidade de estudos a distância) na Alemanha, destaca que, ali, à semelhança do que ocorre em outras instituições, os vídeos são produzidos em um centro de mídia, geralmente. Outras vezes, empresas especializadas são contratadas. No centro, especialistas em mídia trabalham em colaboração com os responsáveis pelos conteúdos acadêmicos, sendo este trabalho mediado, por sua vez, pelo especialista em didática. A produção deve seguir alguns passos. O primeiro deles é a preparação de um roteiro escrito, cujos elementos devem ser, segundo Laaser: O título, membros da equipe do curso, duração, relação com outros recursos de mídia, material impresso do curso, objetivo do aprendizado e justificativas, tópicos básicos a serem cobertos, estrutura didática e os padrões desejados de visualização, gravações de estúdio, animação, fonte do material, tomadas externas etc. (70: p.2)
Deve haver, também, a elaboração de um cronograma de atividades e o planejamento de recursos técnicos e financeiros. Concluídas tais etapas, passa-se à coleta de dados sobre o assunto abordado no vídeo. Já para as gravações externas e em estúdio, faz-se necessário contactar pessoas e instituições. A partir de então, há condições para a elaboração de outro roteiro, que apresenta, de forma abrangente, as seqüências do vídeo. Elas podem envolver, por exemplo, entrevistas, demonstrações, ilustrações gráficas. O roteiro mais detalhado é elaborado, geralmente, após as gravações externas. Ele orientará o projetista gráfico e embasará a edição final.
Atividade no Fórum: Vejamos um exemplo, retirado do TV Escola, sobre os cuidados com a produção de um vídeo educativo:

COPIAGEM E DISTRIBUIÇÃO
TV você já tinha imaginado como esses tipos de vídeos são produzidos? Quais suas conclusões? Compartilhe suas reflexões e impressões com seus colegas, no fórum.
Observa-se que muitos vídeos instrucionais assemelham-se à exposição verbal e linear de um professor em sala de aula, apresentando-se de forma gravada, apenas: Um dos problemas principais no trabalho conjunto entre o pessoal acadêmico e os técnicos em mídia é que os palestrantes estão acostumados à apresentação linear de um assunto e não a pensar em termo de imagens. Freqüentemente, ocorre-lhes a idéia de escrever algo como uma palestra curta e esperar que o técnico em mídia ilustre o texto com imagem. O resultado é um “show de slides” um tanto monótono. Ao invés deste procedimento, a equipe do curso deve começar com eventos visuais e didáticos, formando uma seqüência didática relevante (motivação, apresentação de um problema, visões acadêmicas diferentes, áreas de aplicação) e como ela deve ser visualizada (apresentação gráfica, animação, explicação do palestrante ou apresentador, entrevista, discussão em grupo, ilustração com cenas da vida real). (70: p.2)erminadas a produção e realização do vídeo, passa-se à sua copiagem e distribuição.
Uma vez que o objetivo do vídeo instrucional é favorecer a aprendizagem do aluno, sendo isto o que o diferencia de outros tipos de vídeo, tais como os jornalísticos, torna-se necessário que o processo de produção esteja atento a pontos básicos da teoria da recepção. Segundo explica Laaser, é somente após a percepção que pode ocorrer a aprendizagem, segundo uma vertente de tal teoria.
Assim, temos que dar tempo ao aluno para que ele perceba, realmente, a mensagem. Se o conteúdo é difícil, temos que reduzir a velocidade da apresentação. (...) Resumo e outros recursos estruturais são, aqui, tão valiosos quanto o seriam em impressos ou em outros recursos educativos de mídia. (70: p.3) É muito importante que a lição seja apresentada em ritmo apropriado ao aluno. Também, há que se ter cuidado para variar o estímulo dado a quem assiste ao vídeo, pois a percepção não é absoluta. Os formatos da apresentação (ilustrações gráficas, entrevistas etc) devem ser didaticamente estruturados a fim de que se estimule, convenientemente, o aluno.
O Telecurso 2000 é um sistema de educação brasileiro por televisão criado pela Fundação Roberto Marinho. A Fundação foi criada em 1977 pelo jornalista Roberto Marinho. É uma instituição privada, sem fins lucrativos, que desenvolve projetos voltados para o ensino formal e informal, bem como, projetos educacionais visando a preservação e revitalização do patrimônio histórico, cultural e natural nos mais diversos pontos do Brasil. Atualmente várias emissoras, públicas e privadas, exibem as tele-aulas, aulas pela televisão, nas quais o aluno pode ter acesso a conteúdos de Ensinos Fundamental e Médio sem sair de casa. As matérias são gravadas em blocos, divididos por área.

ELEMENTOS BÁSICOS DE UM VÍDEO INSTITUCIONAL
A percepção humana é seletiva. As técnicas de produção audiovisual podem empregar vários efeitos para atrair a atenção do aluno para determinado ponto da apresentação. Uma boa lição apresentada em vídeo estimulará e prenderá a atenção do aluno. Os recursos visuais são importantes para a percepção, mas, além deles, é igualmente importante a combinação entre som e imagem, apresentados equilibradamente. Há que se tomar cuidado, contudo, para que os elementos da apresentação não sejam aplicados em exagero, distraindo o aluno. Laaser delineia os elementos básicos de um vídeo instrucional: o apresentador, a entrevista, as discussões em grupo, as representações gráficas.

O APRESENTADOR
O apresentador, além de se preocupar em apresentar o conteúdo de forma clara, deve buscar ter empatia com o aluno. Ele deve ter curta participação, evitando uma palestra longa. Para isso, deve-se intercalar outros elementos à apresentação, tais como as entrevistas, as ilustrações etc. Segundo Laaser, é uma vantagem que membros da equipe da instituição de ensino a distância apresentem os vídeos. Isto porque os telealunos podem ver seu professor na tela e, também, há mais chances de que tais apresentadores estejam familiarizados com o conteúdo da apresentação. Seguem outras recomendações: Além do mais, deve-se pedir a eles que não leiam o texto durante a gravação nem o decorem antecipadamente; apenas devem anotar, se necessário, algumas palavras-chaves. Se apresentam um programa pela primeira vez, será útil leva-los ao estúdio alguns dias antes da gravação. Nesta oportunidade, questões simples como vestuário ou hábitos de leitura podem ser discutidas, ajudando a preparar o ambiente do estúdio para o momento da gravação. Apresentadores não-profissionais também precisam de algum tempo para entrarem no ritmo certo. (70: p.3)

DISCUSSÃO EM GRUPO
As discussões em grupo representam, segundo Laaser, um desafio maior do que a entrevista, tanto com relação à mediação quanto à filmagem. O autor sugere que o grupo tenha, no máximo, dez pessoas e que os debatedores sejam dispostos em semicírculo. Já o mediador deve se localizar no centro do grupo.

REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS
Quanto às representações gráficas, estas incluem desenhos, diagramas e ilustrações. Uma recomendação óbvia, mas que costuma ser desconsiderada é a de que os caracteres devem ser legíveis.Com respeito à disposição dos caracteres. A norma corrente determina que o tamanho mínimo não deve ser inferior a 4 cm de altura e 3,4 cm de largura. As linhas devem ter uma largura mínima de 0,5 cm e não mais de 17 a 20 letras na mesma linha. (70: p.4). Com relação às seqüências gráficas, elas são mais adequadas em tons pastel e anti-reflexo. Também, a padronização de caracteres, cores de fundo, símbolos e estilo garantem unidade às partes da apresentação. A respeito da filmagem, Laaser chama a atenção para a composição das imagens, ângulos, posição das tomadas, movimentos de câmera, corte e dissolução das imagens, som, luz, edição. Embora não existam regras inflexíveis para a filmagem de qualquer vídeo, todos os elementos técnicos devem ser combinados com critério e alinhados aos objetivos educacionais do material que se deseja produzir.

CONTEÚDO DO MATERIAL DIDÁTICO
Quanto ao conteúdo desse material didático, ele deve ser relevante para o público-alvo do vídeo (os alunos), com informações que lhe sejam adequadas. A apresentação do conteúdo deve respeitar uma seqüência lógica. Laaser adverte para o cuidado com a estrutura didática: Com respeito à estrutura didática, devemos verificar se é dada uma motivação inicial, se o problema é bem apresentado e se o aprendizado é apoiado em recursos estruturais. (70: p.5). Vejamos, agora, como os vídeos do projeto TV na Escola e Os Desafios de Hoje foram criteriosamente produzidos. Acrescentamos Que o Conteúdo DEVE apresentar Uma Informação Que Seja correta , Além de Atual e Suficiente em atender parágrafo Escopo como Necessidades do aluno. Também , uma linguagem adaptada DEVE Ser Às Características dos alunos . E OS Elementos Visuais e Sonoros Claros Ser Devem, facilitando uma SUA compreensão, o Que Ocorre Somente Mediante SUA Integração Eficaz .

PARA SABER MAIS
Muitas vezes se confunde programa educativo com documentário. Embora ambos tenham por objetivo ampliar o conhecimento do telespectador, eles se diferem no tipo e na forma da informação. No programa educativo, o conteúdo são disciplinas básicas de colégios e a informação geralmente é passada de maneira lúdica, como no caso de programas para crianças em idade pré-escolar (ex: Barney e seus amigos, Teletubbies etc.), ou mesmo de forma semelhante a uma aula presencial, mas com um grande meio auxiliar para ilustrar as explicações do professor( ex: telecurso2000). Um documentário possui um conteúdo mais abrangente, podendo se aprofundar mais sobre determinado assunto, mas com o objetivo principal de informar sobre o aspecto abordado.

VÍDEOS INSTITUCIONAIS - INTRODUÇÃO
Netto ressalta o apoio que a tecnologia educacional tem dado à educação a distância, chegando ao ponto de fazer com que ambas se confundam, freqüentemente. Isto se deve à importância do papel que os recursos tecnológicos empregados (gráficos, audiovisuais etc) desenvolvem, ao permitirem o acesso mais ampliado de alunos a materiais que veiculam conteúdos educacionais relevantes. O autor esclarece que tais materiais devem significar mais do que o repasse de informações:
...o que se tem em conta não é apenas o mero acesso a registros documentais, mas a exposição a materiais deliberadamente elaborados para ensinar e aprender, obedientes a princípios psicológicos e pedagógicos de aprendizagem-ensino. Esses materiais são estruturados de acordo com regras precisas de otimização das organizações espacial e temporal das situações-estímulo, assim como regras de otimização das contingências de respostas (manifestas ou implícitas, encobertas) dos aprendizes. (97: p.51-52)
Um destes materiais com objetivos educacionais é o vídeo. Trataremos agora do vídeo instrucional, mais especificamente de teleaulas, ou telecursos.

PREPARAÇÃO E ELABORAÇÃO

O preparo de tais materiais deve ser criterioso, e respeitar tanto a características do meio pelo qual está sendo veiculado, quanto as características dos alunos que deverão entrar em contato com os vídeos e deles se beneficiarem para aprender. Também, eles devem estar alinhados com os objetivos educacionais e com o conceito de aprendizagem seguido pela instituição de educação a distância.
A elaboração de vídeos instrucionais, assim como acontece com relação a outros tipos de materiais, requer a constituição de uma equipe multidisciplinar de especialistas, trabalhando integradamente. Para Netto, tal equipe deve incluir especialistas:
i) nas habilidades e conhecimentos específicos de cada meio a ser utilizado;
ii) em conteúdo;
iii) em conhecimentos pedagógicos e psicológicos em aprendizagem-ensino. (97: p.52)
Wolfram Laaser, em seu artigo Produção e Projeto de Vídeo e TV Instrucionais em Educação a Distância, refere-se ao vídeo instrucional, elaborado cuidadosamente para ser utilizado nos sistemas de educação a distância. O vídeo, neste caso, chega a ser, algumas vezes, o elemento chave para a transmissão do conteúdo a ser ensinado. Outras vezes, ele é coadjuvante, atuando como suplemento do material impresso, por exemplo. Para Laaser, há que se aplicar, conscientemente, os princípios da filmagem para ir além das palestras gravadas: O objetivo é levar os eventos educacionais aos alunos que, de outra forma, a eles não teriam acesso. As palestras podem fazer parte destes filmes mas, em geral, não são o elemento-chave. (70: p.1)
Na opinião de Laaser, igualmente ao que foi expresso por Netto, tanto o perito em mídia quanto o perito em educação ou em didática devem compartilhar conhecimentos quando desenvolvem, conjuntamente, audiovisuais cujo objetivo central é ensinar. Laaser, que é um dos dirigentes da FernUniversität (universidade de estudos a distância) na Alemanha, destaca que, ali, à semelhança do que ocorre em outras instituições, os vídeos são produzidos em um centro de mídia, geralmente. Outras vezes, empresas especializadas são contratadas. No centro, especialistas em mídia trabalham em colaboração com os responsáveis pelos conteúdos acadêmicos, sendo este trabalho mediado, por sua vez, pelo especialista em didática. A produção deve seguir alguns passos. O primeiro deles é a preparação de um roteiro escrito, cujos elementos devem ser, segundo Laaser: O título, membros da equipe do curso, duração, relação com outros recursos de mídia, material impresso do curso, objetivo do aprendizado e justificativas, tópicos básicos a serem cobertos, estrutura didática e os padrões desejados de visualização, gravações de estúdio, animação, fonte do material, tomadas externas etc. (70: p.2) Deve haver, também, a elaboração de um cronograma de atividades e o planejamento de recursos técnicos e financeiros. Concluídas tais etapas, passa-se à coleta de dados sobre o assunto abordado no vídeo. Já para as gravações externas e em estúdio, faz-se necessário contactar pessoas e instituições. A partir de então, há condições para a elaboração de outro roteiro, que apresenta, de forma abrangente, as seqüências do vídeo. Elas podem envolver, por exemplo, entrevistas, demonstrações, ilustrações gráficas. O roteiro mais detalhado é elaborado, geralmente, após as gravações externas. Ele orientará o projetista gráfico e embasará a edição final. Atividade no Fórum: Vejamos um exemplo, retirado do TV Escola, sobre os cuidados com a produção de um vídeo educativo: Você já tinha imaginado como esses tipos de vídeos são produzidos? Quais suas conclusões? Compartilhe suas reflexões e impressões com seus colegas, no fórum. Observa-se que muitos vídeos instrucionais assemelham-se à exposição verbal e linear de um professor em sala de aula, apresentando-se de forma gravada, apenas: Um dos problemas principais no trabalho conjunto entre o pessoal acadêmico e os técnicos em mídia é que os palestrantes estão acostumados à apresentação linear de um assunto e não a pensar em termo de imagens. Freqüentemente, ocorre-lhes a idéia de escrever algo como uma palestra curta e esperar que o técnico em mídia ilustre o texto com imagem. O resultado é um “show de slides” um tanto monótono. Ao invés deste procedimento, a equipe do curso deve começar com eventos visuais e didáticos, formando uma seqüência didática relevante (motivação, apresentação de um problema, visões acadêmicas diferentes, áreas de aplicação) e como ela deve ser visualizada (apresentação gráfica, animação, explicação do palestrante ou apresentador, entrevista, discussão em grupo, ilustração com cenas da vida real). (70: p.2)

COPIAGEM E DISTRIBUIÇÃO
Terminadas a produção e realização do vídeo, passa-se à sua copiagem e distribuição.
Uma vez que o objetivo do vídeo instrucional é favorecer a aprendizagem do aluno, sendo isto o que o diferencia de outros tipos de vídeo, tais como os jornalísticos, torna-se necessário que o processo de produção esteja atento a pontos básicos da teoria da recepção. Segundo explica Laaser, é somente após a percepção que pode ocorrer a aprendizagem, segundo uma vertente de tal teoria.
Assim, temos que dar tempo ao aluno para que ele perceba, realmente, a mensagem. Se o conteúdo é difícil, temos que reduzir a velocidade da apresentação. (...) Resumo e outros recursos estruturais são, aqui, tão valiosos quanto o seriam em impressos ou em outros recursos educativos de mídia. (70: p.3)
É muito importante que a lição seja apresentada em ritmo apropriado ao aluno. Também, há que se ter cuidado para variar o estímulo dado a quem assiste ao vídeo, pois a percepção não é absoluta. Os formatos da apresentação (ilustrações gráficas, entrevistas etc) devem ser didaticamente estruturados a fim de que se estimule, convenientemente, o aluno.

EDUTAINMENT - DEFINIÇÃO
Formalizar uma definição de edutainment representa um desafio, tendo em vista que há poucos estudos científicos nesta área, além de ser um conceito que não é usado de forma comum em diferentes partes do globo. Segundo o relatório Edutainment – from Television and Computers to Digital Television, publicado pela University of Tampere Hypermidia Laboratory, edutainment refere-se a programas de TV de entretenimento e a software de computadores, com propósitos educacionais. Tal propósito pode estar relacionado à educação formal em diferentes institutos ou à educação informal em diferentes contextos da vida cotidiana sem educação organizada sistematicamente. Tipicamente, a estrutura do material classificado como edutainment na televisão inclui subseções narrativas e, infelizmente, há críticas de que muitas vezes seu conteúdo é fragmentado e incoerente. Em todo caso, o planejamento do material deve sempre ser centrado naquele que aprende. Vejamos agora mais um vídeo produzido pelo TV Escola, com a opinião de uma especialista sobre a temática dos vídeos educativos que utilizam o entretenimento.

PRA SABER MAIS
A TV Cultura é um braço da Fundação Padre Anchieta e é financiada por orçamentos legalmente estabelecidos e com recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, mas não é uma entidade governamental, nem comercial. È uma emissora pública cujo principal objetivo é oferecer informação de interesse público e promover o aprimoramento educativo e cultural de seus telespectadores. Sua programação é norteada basicamente por quatro tipos de conteúdo: educação, cultura, informação e entretenimento. Um dos programas exibidos pela TV Cultura é o O programa Castelo Rá-Tim-Bum, voltado para o público infanto-juvenil, criado pelo dramaturgo Flavio de Souza e pelo diretor Cao Hamburguer, e segue uma abordagem pedagógica. O programa foi produzido de maio de 1994 até 1997.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS
a) Conhecer o público alvo e seuas necessidades;
b) buscar atingir o objetivo educacional;
c) concentrar os meios cabíveis para que quem aprenda se satisfaça.
Neste contexto, não se considera que entrerenimento ou diversão tenham valor intrínseco caso não beneficiem o aprendizado. Por outro lado, o edutainment não precisa necessariamente ser engraçado, mas interessante. De qualquer forma, ao se falar de edutainment em programa de televisão, o que se pretende é educar com métodos de entretenimento.

PARA SABER MAIS
O canal Futura Foi Criado em 1997, com O Objetivo de incentivar comunidades como um se apropriarem Oferecida Programação da, transformações e Promovendo Melhorando a Realidade social delas de CADA UMA. É ligada As Organizações Globo e Eventualmente E.U.A. Programas Desta OU Emissora de Parceiros , Como um CNN , n Realização de Programas SEUS . Sua Programação Abrange Desde ABORDANDO filmes com temas COMENTÁRIOS Específicos do Apresentador de Programas Até com noticias como ultimas novidades acontecendo Científicas no Brasil. Um dos Programas de Maior Audiência do canal Futura e o " Afinando "a Língua , Apresentado Pelo cantor Tony Belloto . O Programa se utili de minisséries de Sucesso produzidas Pela Rede Globo adaptadas que foram de Grandes obras da literatura da língua portuguesa , Como Por exemplo "Memorial de Maria Moura "uo" Os Maias " , e de musicas brasileiras de Along de Sucesso e de hoje, Para as ilustrar Explicações Sobre gramática e interpretação de textos de Nossa Língua.

Edutainment Infotainment X
Voce Já ouviu Falar em infotainment ? Enquanto o edutainment refere- se um com objetivos claros Programas educacionais e com o Características de Entretenimento infotainment (Com gênero surgiu Que uma revolução ocasionada Pelas multimídias Interativas nenhum dos FIM anos 80) Difere -se Pelo Fato de apresentar fatos Separados Seu contexto de , sem o OBJETIVO de Ensinar . São exemplos o quizz e o talk-show. A Satisfação PoDE Surgir Por Diferentes Razões , e Não Somente Pelo Conteúdo Interessante fazer edutainment. Por exemplo , pode -se SENTIR Satisfeito AO Problemas resolver SE , AO SE Outros com Interagir socialmente aprendizes , AO SE progredir sem Aprendizado material , etc O que se motivador Apresenta e Significativo Ópera Semper Como forma de satisfação . O edutainment PoDE Até Mesmo Fazer parte de Projetos de escolares de Autoria de vídeos . Assistamos um exemplo um, CONSTA Que nenhum material do TV Escola:

CLASSIFICAÇÕES DE ACORDO COM OJETIVO E CONTEÚDO
Manter o Equilíbrio Entre educação e Entretenimento Certamente É o grande desafio do edutainment. Como se Apresenta Como forma alternativa à educação tradicional , pode -se Dividir de OBJETIVO De acordo com e Conteúdo , a FIM de:
a) Aperfeiçoar o controle Sobre a Vida Por parte do aprendiz : Ligado à educação informal, geralmente É Apresentado em Formato de discussão de UO narrativas b) Desenvolver Competências : geralmente Apresentado Através de EXPERIÊNCIAS , Tais simulações Como.
O edutainment Também PoDE de Ser dividido De acordo com o Público Alvo , de acordo com:
a) Motivação : Orientado uma aprendizes compartilham Que OS mesmos Interesses , A despeito de SUA idade, grau de Conhecimento , etc

PARA FAZER
Procure Completar a Tabela Abaixo , programas do tipo com edutainment, Que VOCÊ observa Atualmente (ou Já Passados ) na Programação da Televisão brasileira.
TIPOS
EXEPLOS
PÚBLICO-ALVO
OBSERVAÇÕES
NARRATIVOS
DRAMA
AVENTURA
COMÉDIA
NOVELA
SITUACIONAIS
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS/PROFISSIONALIZANTES

PARA SABER MAIS
O Programa Barney e Amigos SEUS , produzido Pela comecou em PBS , 1997 e Faz Sucesso Até hoje . É voltado parágrafo Crianças em idade Pré -escolar. Todo o Cenário É Muito colorido , um Personagem Pelo Que Começar principal e Um dinossauro vermelho n Chamar Atenção Até das Crianças com 5 anos . Ele Possui Mais Dois Amigos dinossauros , um bebê -Bop , BJ e . Durante o Programa Crianças interagem com eles de 5 a 10 anos Ensinando Valores sociais amizade como, família , etc, Além letras Conteúdos como, Números contagem , Profissões , etc Tudo de forma lúdica, com Muita musica , e Atividades e brincadeiras . O Programa Foi idealizado parágrafo atender Quatro áreas do Desenvolvimento Infantil , a saber: cognitivo , social, emocional e físico . Para CADA área, EXISTE Uma Equipe de Especialistas desenvolvem Que o roteiro e Programa de Atividades fazer.
Atualmente É exibido no Brasil Principalmente Pelo canal fechado Discovery Kids.

BESTEIRA
Os Teletubbies e Uma serie Pioneira Por Ser voltada par Crianças de 1 a 3 anos de idade. Apesar de Não ter Crianças interagindo com OS Personagens quatro, Durante o Programa São inseridos vídeos de Crianças brincando das Formas Mais Diversas .

TELETUBIES
O Programa Foi exibido Pela primeira Vez em 1997 Pela BBC de Londres. alcançou rápidamente Mundial Sucesso UM chegando a vender Mais de 5 Milhões de copias de vídeo nd em Inglaterra Apenas Dois anos . Mas uma polêmica ronda Este Programa . ALGUNS pais advertem Que o Programa E mais nocivo fazer educativo que. Eles Dizem Que Tinky Winky, o Personagem Mais alto , de cor roxa , UM Tem que triangulo invertido cabeça nd E não se separa de SUA bolsa, Na e Verdade Símbolo UM do Homossexualismo . Tais Afirmações devem SE AO Fato de Que, em Nome o inglêsI , Tinky Winky , nao se define Como feminino Nem masculino , a cor roxa EO triangulo invertido São tidos Como Símbolos dos Movimentos pró - homosexuais e por último, o Personagem masculina Aparência MET, Ele porém E.U.A. Uma bolsa . Os Produtores respondem dizendo o seguinte : " CADA UM Possui Teletubby Coisa " favorita , UM brinquedo "universal "um reflete Que aspecto da Criança da Exploração da Aprendizagem Através divertida . A bolsa de Tinky Winky Permite, com volume brincar . O chapéu de Dipsy servir Interpretação para. A bola de Laa -Laa reflete uma Fascinação das Esferas Jovens com Crianças. E o patinete da explora Poo como Viagens e Direções ".

Bom, caro aluno , uma resposta de um Critério então FICA SEU.

LAZITOWN

O principal Objetivo de Lazytown E como motivar um Crianças Terem Uma Vida Mais Saudável , atreves de hum Alimentação equilibrada Mais Exercícios e Fazendo . O vilão UM Consiste Basicamente Programa de UM Grupo de crianças , Herói um, e. Quase de Todos os Personagens São Marionetes com exceção da garota de Stephanie, Que É um Personagem principal , e Sportacus , o Grande Herói da Cidade de Lazytown semper Que salva o dia POR CAUSA Exercícios de SEUS e alimentação Saudável . O Antagonista É UM ator maquiagem nd Carregado do Rosto Que É justamente o oposto de Sportacus e Que Fazer Tenta como Crianças da Cidade hum Não LeVar Estilo de Vida Saudável. Estreou em 2003, Mas o Conceito Já Tinha Sido Criado 1991 Através de Livros do Próprio Criador . O Seu Público de São Crianças de 4 a 7 anos EO Seu visual chama uma Atenção Pelo conceito, POIs Não É UM Programa de Cenário e Nem Uma Animação tradicional propriamente dita. Atualmente o Programa e não exibido pelo Brasil canal pago Discovery Kids , no Horário do almoço .

VILA SÉSAMO
O Programa de TV Mais conhecido internacionalmente , Que se classificar PoDE edutainment como, e Vila Sésamo.

PARA FAZER
Pesquise Sobre o Vila Sésamo e poste nenhum fórum SUAS Respostas Às seguintes Perguntas : Quais SEUS Mais Personagens marcantes ? Seu Qual Público Alvo ? Quais objetivos SEUS ? Como foi estruturado?

Caso tenha uma Lembranças Relacionadas Este Programa , com Compartilhe SEUS Colegas .

René Berger, apud Pretto, considera que há três categorias de televisões e não uma televisão: a macro ou megatelevisão (representa grandes sistemas de comunicação, interligados por poderosas tecnologias, como os satélites e têm programação nacional e internacional); a mesotelevisão (geralmente TV local, a cabo e que atende grupos diferenciados, não se confundindo com a retransmissoras de grandes redes) e a microtelevisão (possível graças a equipamentos mais baratos e mais acessíveis, torna qualquer pessoa capaz de fazer vídeo, democratizando essa forma de expressão cultural, política e social). (116: p.135-136)
Netto ressalta, ainda, que além da televisão convencional em ondas VHF (very high frequency – freqüência muito alta) ou UHF (ultra high frequency - freqüência ultra alta), há ainda o uso educativo da televisão com transmissões em circuito fechado, a cabo, microondas, por satélites, em sistemas LPTV (low power television – televisão de baixa potência) ou ITFS (instructional television fixed service – serviço fixo de televisão educativa). Moore e Kearsley descrevem o ITFS como uma forma relativamente barata de distribuição, que utiliza a transmissão por microondas e uma antena especial para receber o sinal. O estúdio utilizado é semelhante a um estúdio convencional de televisão, contudo menor. O material apresentado e copiado ou gravado. Os mesmos autores distinguem o que seja a transmissão aberta ou broadcast (qualquer pessoa é capaz de captá-la com um aparelho de televisão e uma antena) e a transmissão de circuito fechado ou narrowcast (transmite programas de canais privados e apenas aqueles que pagam pelo serviço ou têm especial autorização podem captar a programação). Sobre a televisão a cabo, explicam que se trata da distribuição dos sinais de televisão através de um cabo coaxial ou, mais recentemente, de fibra óptica conectado ao aparelho receptor. É um serviço oferecido por várias companhias, e o usuário necessita pagar uma assinatura para possuir acesso a determinados canais. (88: p.86-87)
Também, a maior parte da programação grotesca das televisões comerciais não é tudo a que se tem acesso. Há a exceção de alguns programas e também as televisões públicas estatais, as chamadas educativas, propõem-se a veicular uma programação de cunho mais educativo e cultural.

BIBLIOGRAFIA
Edutainment – The Integration of Education and Interactive Television:
http://csdl2.computer.org/comp/proceedings/icalt/2001/1013/00/10130478.pdf
Edutainment From Television and Computers to Digital Television:
http://www.uta.fi/hyper/julkaisut/b/fitv03b.pdf

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